quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Discipulado Pré-Batismo X Discipulado Pós-Batismo

(baseado em Russel Burril, Discípulos Modernos)

I – A Ordem da Tríplice Missão

Ide: Fazei Discípulos → Batizando → Ensinando

  Fazer discípulos a todo Momento
·         Parece que  ficou claro que fazer discípulos é tanto uma obra inicial quanto contínua. A pergunta que nos preocupa agora é: Qual é a obra ini­cial de fazer discípulos que precisa ser feita antes que uma pessoa seja batizada?

  Seguir a ordem é importante
·         De acordo com a Grande Comissão, indivíduos tornam-se discípulos, então são batizados, e depois instruídos.

  Quando se Deve Batizar?
·         Quando as pessoas atingirem a fase inicial do discipulado. Nes­sa altura, elas são discípulos; porém, não completamente maduros. Por isso Jesus sugere que nós os batizemos - esses discípulos iniciais - e que continuemos ensinando-Ihes num modelo contínuo de discipula­do.
Discipulado Inicial → Batismo → Discipulado Contínuo

·         É com esse pensamento em mente que desejamos examinar as condições que Jesus mencionou como sendo necessárias para alguém se tornar discípulo. Ele trata com o discipulado inicial, necessário an­tes do batismo, em vez do discipulado contínuo, recebido depois do batismo.

II – O Discipulado Inicial (Pré-Batismo)

2.1.        Disposição a Aprender (Mt 10.24-25)
"O discípulo (mathetai) não está acima de seu mestre, nem o servo, acima de seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?"
·         Essa passagem indica que o discípulo entra num relacionamento de aprendizagem com o Mestre. Ele tem disposição para aprender, requisi­to indispensável para quem deseja ser batizado como discípulo de Jesus.

2.2.        Disposição a Sofrer
·         Essa passagem também sugere que quem se tornar discípulo de Jesus pode esperar ser tratado como Ele o foi - incompreendido e perseguido.
·         No início de sua conversão a Cristo, é difícil para as pessoas su­portarem provas por causa da sua fé. Porém, se o discípulo é capaz de suportar dificuldades, então ele deve ter alcançado um mínimo de ma­turidade de fé em Cristo.
·         Portanto, parte do processo de se fazer discí­pulos é ajudar o crente a desenvolver uma fé madura o suficiente para suportar perseguição ou ridículo.

  Reflita:
Será que alguém que deseja ser batizado, mas esconde esta decisão dos amigos está pronta para o batismo?
Será que fazer um evangelismo e deixar o apelo para o dia do batismo, com medo da pessoa desistir, está cumprindo realmente a missão de “fazer discípulos”?

2.3.        Disposição a Renunciar (Lc 14.26, 27, 33)
"Se alguém vem a Mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser Meu dis­cípulo. E qualquer que não tomar sua cruz e vier após Mim não pode ser Meu discípulo .... Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser Meu discípulo."
  • Os que decidirem se tornar Seus discípulos devem estar dispostos a abandonar tudo, in­cluindo o lar, a família, parentes, riquezas, e posição, para O seguirem.
  A Renuncia é Pré-Batismo ou Pós-Batismo? (Mc 10.21)
“E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me.”
  • Alguns afirmam que primeiro recebemos as pessoas depois nos preocupamos com o seu comprometimento.
  • A Abordagem do Mestre – quando o jovem rico O procurou, Jesus foi claro, ao exigir total comprometimen­to antes de lhe conceder o discipulado.
  • A Abordagem Contemporânea – aceitar o jovem rico como ele era, fazer dele um discípulo, e es­perar que o comprometimento viesse depois.
  A Renunciar implica em que?
  • Levar a cruz é suportar sem queixas ou lamentações o olhar de reprovação de amigos e parentes; agüentar a repreensão, com paciên­cia e humildade.
  • A religião que Cristo oferece quando Ele convida as pessoas a se tornarem discípulos não é de sossego e comodismo, mas de suportar a cruz. Não promete co­modismo e prazeres no mundo, mas promete paz interior e felicidade.
  Reflita:
“Parece que o discipulado envolve muito mais um compromisso total e absoluto com Cristo do que sim­plesmente concordância com um conjunto de doutrinas.”

  Qual seria a importância das doutrinas neste contexto?
  • A compreensão de doutrinas básicas deve ter como propósito ajudar pes­soas a se entregarem totalmente a Cristo.
  • A compreensão da doutrina deveria ajudar novos cristãos a conhecer Jesus, para que possam se sentir à vontade em fazer um compromisso radical e sem reservas com Ele.
2.4.        Crer não é o Suficiente (Jo 8.31-32)
"Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nEle: Se vós perma­necerdes na Minha palavra, sois verdadeiramente Meus discípulos; e co­nhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

  “Crer” ≠  “Ser Discípulo”
  • Nessa passagem, Jesus está falando a pessoas que já crêem nEle.
  • Se crer em Jesus fosse = “ser discípulo” estas palavras de Jesus não teriam sentido.
  • Crer em Jesus não é suficiente. Ser um discípulo significa con­tinuamente se firmar em Seus ensinamentos.
  “Conhecer a Verdade” = “Ser Discípulo”
  • O resultado da contínua solidificação em Seus ensinamentos seria conhecer a verdade. Ele mesmo Se declara a verda­de (Jo 14.6).
  • Um discípulo é alguém que se firma nos ensinamentos de Jesus e vive de acordo com eles; é alguém que é obe­diente ao que Jesus diz, ou seja, guarda os mandamentos.
  “Ser Obediente à Verdade” = “Ser Discípulo”
  • A obediência aos mandamentos é motivado por seu amor a Jesus, e não por obrigação ou dever.
  • Isso im­plica sólido relacionamento com Jesus como base do discipulado, e a obediência aos Seus ensinamentos, como um fruto desse relaciona­mento. Se esse fruto externo não for visto, o discipulado não ocorreu.
  • No grego “discipulo” significa aluno, estudante, ou aprendiz. No Novo Testa­mento, significa total submissão.
2.5.        Amar é o Suficiente (Jo 8.34)
"Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhece­rão todos que sais Meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros."
  • O amor deve ser o teste infalível e absoluto de discipulado. Você pode identificar um discípulo quando ele ama como Jesus o faz (incondicionalmente)
  • Se a Grande Comissão nos ordena fazer discípulos, produzir crentes a quem chamamos de cristãos, mas que não têm o amor de Cristo no coração, é distorcer o Seu evangelho.
2.6.        Disposto a Frutificar (Jo 15.8)
"Nisto é glorificado Meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis Meus discípulos."
  • Ligação com Jesus pressupõe frutificar, se o fruto não aparecer, podemos saber que o discipulado ainda não ocorreu.
  • O contexto dessa passagem parece centralizar-se numa compreensão de missão. O cristão que não está reproduzindo, geran­do outros discípulos, ainda não é um discípulo.
III – A Função da Igreja dentro do Discipulado

3.1.        Despertar a Consciência do “Ide”
  • A consciência do “Ide” é muito importante dentro do processo do discipulado.
☺ Se isso é parte tão inerente do discipulado, como pode o pro­cesso evangelístico deixar de lado esse treinamento?
  • Como parte do “discipulado inicial” as pessoas deveriam ser despertadas sobre a importância de ganhar outros para Cristo
  • As pessoas têm entrado na igreja com seu próprio comprometimento a Cristo e então passam o resto da vida cristã servindo a si mesmas, e não aos outros.
3.2.        Treinar os membros de acordo com seus dons
  • A igreja deve envolver os novos conversos num programa de treinamento para que possam ser colocados em algum ministério de acordo com seus dons espirituais.
3.3.        Investir nos novos crentes
  • A tragédia do adventismo contemporâneo é que desenvolvemos uma igreja cheia de membros que não foram discipulados.
  • Tal­vez seja mais fácil começar com novos conversos, mudando o proces­so evangelístico, para que todos os que entrarem na igreja o façam com a compreensão de que devem encontrar seu ministério.
3.4.        Transformar expectadores em missionários
"Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como
missionário."(Ellen White, Serviço Cristão. 15)
  • Inerente ao chamado para ser um discípulo de Jesus está o cha­mado para ser um cristão que produz frutos.
  • O discipulado não pode existir, a não ser que a pessoa esteja envolvida em fazer discípulos.
  • Todo discípulo deve ser um pai espiritual para outros discípulos que estão em fase de cresci­mento, e então deve ser um avô, um bisavô.
  Levar a igreja a uma verdadeira conversão
  • A conversão é a mudança daqueles que não eram "um povo" para se tornarem o povo ministrador de Deus, o corpo de Cristo que é ativo, comprometido, e que serve aos outros.
  • A conversão completa e total, no sentido bíblico, é um processo de três partes, que envolve:
1. Conver­são a Deus em Jesus Cristo.
2. Conversão à igreja, o corpo de Cristo.
3. Conversão ao ministério no mundo por quem Cristo morreu.

Conclusão:
  • Qualquer metodologia evangelísti­ca que deixe de fazer isso é defeituosa.

Um comentário:

  1. por isso eu creio que Deus criou o ser humano não para separar mas para unir sou pastor de uma igreja pentecostal e estou vidrado nessas palavras iluminadas do amado irmão isso me ajudou muito na mudança que a nossa igreja esta vivendo não pare continue dessa forma humilde Deus continue a te abençoar

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